Biografia

Um pouco da minha história

Nasci na cidade de Santarém (Pará), mas passei boa parte de minha vida em Manaus (Amazonas), donde trago lembranças maravilhosas e que hão de me acompanhar enquanto eu viver.

Carreira Musical

Iniciei meus estudos práticos informais na música na cidade de Santarém no ano de 2003, aos 14 anos de idade, incentivado por meu primo, o guitarrista Alexandre Freire. Nesse período, o instrumento que eu praticava esporadicamente era o teclado, mas somente em 2005 tive a oportunidade de conhecer o saxofone mais de perto, e a partir disso o escolhi como instrumento primário.
No entanto, por conta de algumas situações na época, optei por estudar a flauta doce de forma autodidata e, posteriormente, iniciei o estudo mais formal da teoria musical e do clarinete com o professor Ednelson Barbosa, na escola de música da igreja a qual frequentava. Após alguns meses estudando clarinete e tendo juntado um dinheiro, pude finalmente adquirir o meu primeiro saxofone alto, comprado de Iralício Brasil, meu primeiro professor de saxofone.

Já no ano de 2006, tive o privilégio de conhecer o trompetista e professor de música Daniel Cauper, que foi meu primeiro professor de harmonia, teoria complementar e história da música. Durante esse período, meus professores utilizavam em suas aulas métodos que contribuíram grandemente na minha formação ideológica como músico, tais como: Método de Teoria e Solfejo Paschoal Bona, Princípios Básicos Da Musica - Priolli, Cadernos Música Universidade Cambridge (Roy Bennett), Método Para Clarinete Nabor Pires Camargo, Método Completo de Saxofone Amadeu Russo e outros.

No ano de 2008, passei a residir novamente e Santarém, e nesse mesmo ano ingressei na Escola de Música Maestro Wilson Fonseca e fui integrado ao Coral e Orquestra Jovem Wilson Fonseca. Nesse período, passei a ter novas perspectivas teóricas, com o estudo de novos métodos como o Hyacinthe Klose – Método completo para Tous les Saxofones e Joseph Viola - Technique of the Saxophone: Scale Studies, e onde aprofundei meus estudos de prática em conjunto.  Também em 2008, enquanto estudava num dos corredores da Escola de Música Maestro Wilson Fonseca, fui surpreendido com a visita dos músicos Yuri Lima (bateria) e Dhionny Viana (contrabaixo), que, posteriormente, me apresentaram ao pianista Andreson Dourado. Esse encontro resultou em muitas conversas interessantíssimas sobre teoria musical, referências técnicas e transcrições, e a partir disso, iniciou-se um novo movimento musical em Santarém, que chamamos de Tapajós Jazz e Grupo Tapajós Instrumental. A partir desse momento da minha vida passei a ter outro olhar sobre a performance musical e pude ter um vislumbre mais abrangente sobre o universo da improvisação musical, pois nosso grupo focava na execução de um repertório instrumental que transitava entre o jazz de vanguarda, o jazz de fusão e a MPB.

Minhas influências musicais iniciais estão muito ligadas ao regionalismo amazônico e à cultura afro-americana, que teve grande impacto sobre a música popular contemporânea com o surgimento do Blues, e em seguida as várias vertentes do Jazz.

Enfim, hoje, busco entender e sentir a música como manifestação de sentimentos artísticos e reflexões sobre a vida, e procuro transmitir tais sentimentos e ideias por meio dos meus instrumentos musicais e, ocasionalmente, da minha voz. A filosofia musical que sigo vem dos primeiros contatos que tive com a música, e se reflete hoje no meu trabalho.

Trabalhei com diversos grupos musicais, orquestras, artistas da cultura local e regional da Amazônia brasileira e do cenário nacional, e atualmente tenho me dedicado ao trabalho com meus grupos de música instrumental, que são a o Jazz na Cuia, Seresta de Calçada e Sax E-Ventos. Além disso, tenho participado de diversos festivais e espetáculos relacionados à cultura amazônica, produções fonográficas em estúdio e com editorações de partituras. Com a experiência adquirida nesse período venho compondo e escrevendo sobre a cultura da minha terra.

O instrumentos musicais com os quais trabalho assiduamente são: saxofone, flauta doce, flauta transversal e gaita cromática. Como instrumentos secundários tenho utilizado o teclado digital e alguns modelos de quenas.

Experiência Musical

Confira aqui alguns trabalhos nos quais participei durante minha carreira

No ano de 2008, participou como saxofonista na banda base do FECAN Trombetas - Festival da Canção de Trombetas - Oriximiná;

Nos anos de 2009 e 2010, integrou a banda base do Circuito Universitário de Santarém;

Em 2010, fez parte da banda base do Festival de Música do SESI - Santarém;

Em 2011, ao lado do violonista argentino Sergio Abalos, cantora Ádria Góes e do percussionista Silvan Galvão, participou do encerramento do FEMPO - Festival de Música Popular Oriximinaense;

Em 2011, foi integrante da banda base do FECANJ - Festival da Canção de JurutI, onde atuou como saxofonista, gaitista e flautista;

Ainda em 2011, participou do espetáculo Cantata de Natal - "O Fantástico Natal dos Brinquedos" (Santarém - Pará);

Foi o saxofonista e flautista do Festribal Juruti (Tribo Muirapinima) 2012;

No ano de 2012, fez parte da banda base do 11° Servifest Santarém (Festival de Música do Servidor Público);

Também em 2012, integrou a banda base do 11° FECAN Santarém, onde tocou saxofone e flauta transversal;

No mês de junho de 2013, fez parte da banda base do 12° Servifest (Festival de Música do Servidor Público) etapa Santarém;

Em 2014, foi integrante da banda base do 13° Servifest (Festival de Música do Servidor Público) etapa Santarém;

No ano de 2014, participou com os músicos Andreson Dourado, Edmarcio Paixão e Silvan Galvão do I TAPAJAZZ - Festival de Música Instrumental do Tapajós;

Novamente, no ano de 2014, participou da gravação do DVD intitulado "Segredos Amazônicos", do percussionista paraense Silvan Galvão;

Em 2015, Junior Castro foi convidado pelo guitarrista Edmarcio Paixão para participar da gravação de seu DVD, intitulado "Ensaio Verde";

No início de 2015, apresentou o show Tributo à Mãe "Selva", que foi realizado pelo SESC Multiartes de Santarém;

Em abril de 2015, ocorreu o lançamento da Muiraquimbó Orquestra, grupo de música instrumental amazônica que é dirigido por Junior Castro e Edmarcio Paixão;

No mês de abril de 2015, fez parte da banda base do III FEMUT - Festival de Música do Tapajós, onde também atuou como diretor musical do evento;

Em junho de 2015, participou da 7ª edição do show Canta Santarém;

Ainda em 2015, teve a oportunidade de participar do II TAPAJAZZ - Festival de Música Instrumental do Tapajós, evento no qual tocou saxofone com a os grupos Trio Manari (Belém) e Muiraquimbó Orquestra (Santarém);

Também em 2015, integrou a banda base do XII FEMOB - Festival de Música Obidense, onde tocou saxofone, flauta transversal e gaita cromática;

No início de 2016, fez parte da banda base do show "Do Tapajós à Guajará" que ocorreu no Theatro da Paz de Belém;

No mês de maio de 2016, fez parte da banda base do IV FEMUT - Festival de Música do Tapajós, tocando saxofones e flauta transversal.

Trabalhos realizados no cenário musical nacional:

Integrou a banda base do Quinteto Instrumental do Pelc-Santarém, levando músicas regionais amazônicas ao Congresso de Esporte e Lazer no ano de 2009 em Brasília;

No mês de janeiro de 2013, participou da gravação do disco intitulado "Da Lapa ao Mascote", com o violonista Sebastião Tapajós, e após a gravação do cd integrou os três shows de lançamento do mesmo. O disco foi lançado nas cidades de Santarém, Belém e Rio de Janeiro;

No mês de junho de 2013 o Grupo Tapajós Instrumental, do qual fez parte como instrumentista de sopro, participou do XXVI Festival Internacional de Música do Pará. O repertório apresentado incluía músicas regionais paraenses e autorais do grupo;

Em 2016, Junior Castro Parente foi convidado para ser um dos palestrantes do SIMSAX - Simpósio Internacional de Saxofone. A palestra foi intitulada "Saxofone - Uma Extensão da Mente Sonora";

Saxofonista e diretor musical da Muiraquimbó Orquestra na Mostra Nacional de Música do Sesc - Rio de Janeiro (2017);

Saxofonista e flautista no II Festival Ita Em Canções (2018);

Saxofonista e flautista no V Festival da Canção de Juruti - FECANJ (2018).

FAQ

Perguntas frequentes

Em média, quanto tempo diário você dedica ao estudo da música?

Procuro dedicar boa parte do dia à prática dos meus instrumentos, mas não somente isso. Acredito que, assim como tocar, o ouvir se faz necessário na vida de qualquer músico. Sendo assim, quando é possível, dedico entre duas e quatro horas de prática aos meus instrumentos e algum tempo a mais para a audição, transcrição, composição e pesquisa a respeito do universo artístico.

Quais são as suas referências musicais?

Nossa, são muitas!

Referências musicais na infância

Desde o início de minha vida fui apresentado a um universo muito variado, no que diz respeito à música. Minha mãe, uma cantora amadora, era uma pessoa muito eclética e seus gostos musicais acabaram por me influenciar bastante. Em casa, ouvíamos músicas do norte do Brasil, música nordestina, MPB, pop music e outras categorias. Mas o que mais me influenciou, principalmente na minha infância foram as trilhas sonoras que ouvia em jogos de videogame, em filmes e em desenhos animados. O solo gravado pelo magistral saxofonista tenor Plas Johnson em "The Pink Panther Theme" (Tema de A Pantera Cor-de-Rosa) ecoava na minha mente, assim Mission Impossible Theme (Tema do filme Missão Impossível), do argentino Lalo Schifri e The "James Bond Theme" (tema da franquia de filmes 007), de Monty Norman.

Dentre as trilhas sonoras (OST - Original Sound Track) que ouvia enquanto jogava nos consoles Nintendo 64 e Playstation 1, as minhas prediletas eram e ainda são as dos jogos 007 GoldenEye (Nintendo 64), 007 Tomorrow Never Dies (PlayStation 1) e The King of Fighters '99 - 176th Street (Arranged) *PlayStation 1*, que tem um solo de saxofone alto maravilhoso gravado pelo japonês Osamu Koike.

Referências musicais na adolescência

Já na fase da adolescência tive a oportunidade de iniciar minha carreira como músico, e nesse período minha vida passou por muitas mudanças. Ainda continuava a praticar meus jogos e a assistir e ouvir as programações de rádio e televisão, mas dei maior prioridade ao estudo da flauta doce, do clarinete e do saxofone. Assim, tive a oportunidade de conhecer outros músicos, cantores, compositores e intérpretes, e fiquei fascinado com o som das orquestras eruditas que meus professores me mostravam, assim como com a sonoridade de grupos populares de música instrumental.

Entre as orquestras eruditas, as que mais me influenciaram foram: OSESP - Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica Brasileira, London Symphony Orchestra, Berlin Philharmonic Orchestra e muitas outras. Já as orquestras e grupos de música popular que me influenciaram bastante, foram: Orquestra Tabajara, SpokFrevo Orquestra, Amazonas Jazz Band, Manhattan Jazz Orchestra, The Brian Setzer Orchestra, Billy Vaughn Orchestra, Glenn Miller Orchestra, Banda Mantiqueira, Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz e muitas outras.

Já os solistas que me influenciaram muito na época foram: Teixeira de Manaus, Chico Caju, Aurélio do Sax, Manezinho do Sax, Pantoja do Pará, Charlie Parker, John Coltrane, Zé Canuto, Milton Guedes, Ênio Prieto, Esdras de Souza, Aécio Bezerra, Eric Marienthal, Marc Russo, Nailor Azevedo, José Hamilton (Sumé), NICOLE JO (Nicole Johänntgen), Zé Bodega, Candy Dulfer, Susanne Alt, Nelson Rangell, Chris Hunter, Kazuki Katsuta, Masato Honda e muitos outros.

Referências musicais na atualidade

Atualmente, me dedico a pesquisas similares a algumas que fazia na juventude, mas outras referências também se apresentaram a mim após esses anos de prática. Saxofonistas como John Coltrane, Charlie Parker e Chris Hunter, por exemplo, continuam a ser grandes referências que estudo semanalmente, de forma direta ou indireta. Porém, hoje me dedico mais à pesquisa sobre o Konnakol, polirritmia, transcrição e à leitura de livros teóricos de música num contexto variado de concepções.

Os livros que mais tenho me dedicado a ler e praticar nos últimos meses e anos são: Repository of Scales and Melodic Patterns (Yusef Lateef), Thesaurus of Scales and Melodic Patterns (Nicolas Slonimsky), School of Jazz Improvisation for Saxophone (Alexander Oseichuk), Technique of My Musical Language (Olivier Messiaen), The Music of Béla Bartók (Paul Wilson), Comprehensive Jazz Studies & Exercises for All Instruments (Eric Marienthal) entre outros.

Meus instrumentos

Saxofone
Flauta Transversal
Gaita